Somos oito pares de pernas, braços e ouvidos inquietos. Oito cabeças viventes, vivendo para um mesmo gosto. Oito bocas que gritam vontades nuas. Oito pares de mãos que se agarram para exprimir ideias primas. Oito narizes que fuçam os fugazes odores da curiosidade. Somos oito línguas que experimentam os sabores múltiplos da palavra. Oito pares de pés que se agitam pelo mesmo desejo de comunicar, de debater e experimentar. Oito pares de olhos que vislumbram diferentes caminhos que se cruzam. Somos oito faíscas, oito labaredas, oito brasas queimantes. Somos combustível para o desejo de arriscar, de provar que só se faz, fazendo. Somos anseio por transformar a expectativa em verdadeira vivência a ser compartilhada e discutida. Somos também, instrumento para discussão. E juntos queremos ser ponte para diálogo, facilitadores para reflexão e mudança. Queremos propor uma troca justa entre a vida e a arte, através do encontro pujante, cáustico e lúcido a que chamamos Teatro. Somos oito sombras produzidas pela mesma fonte de luz. Oito formas distintas que se fazem um mesmo corpo candente.
Somos a própria Candeia.
O Teatro Candeia surge como grupo de teatro independente no início do segundo semestre de 2010, a partir da vontade de dar continuidade aos trabalhos e pesquisas realizadas durante o curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS). E mais do que isso: o desejo de desenvolver uma constante reflexão sobre o trabalho do ator, alicerçada nas diferentes linguagens e pesquisas individuais de cada integrante, firmando uma verdadeira aliança a fim da construção de uma poética própria a respeito do elemento humano e da arte teatral.
O primeiro trabalho que o grupo leva adiante é a esquete teatral As Inventariantes na participação do 10º Festival de Esquetes Teatrais de Gravataí, onde ganhou os prêmios de: Melhor Maquiagem, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Conjunto de Atores.
Já no início de 2011, o Teatro Candeia forma a parceria e se torna membro integrante do Palco Fora do Eixo, uma das frentes temáticas da maior rede de cultura livre do país, o Fora do Eixo. O PFE é uma iniciativa para fomento dos grupos cênicos independentes prezando pela integração das artes.
Ainda no primeiro semestre de 2011 o grupo monta os espetáculos A Serpente, Amores de Dulcinéa e Esta Propriedade está Condenada, que estrearam em Junho e Julho do mesmo ano e que compõe o nosso atual repertório. Além destes, também se integrou ao nosso “cardápio” a esquete Rememórias de Tresontonte, criada em parceria e sob a direção de Leonardo Bergonci.
No segundo semestre de 2011 o grupo leva o espetáculo A Serpente para dois festivais gaúchos: o 6º FESTCARBO, na cidade de Arroio dos Ratos que ocorreu entre os dias 15 e 20 de agosto e o 13º Festival Pedritense de Teatro, em Dom Pedrito, de 21 a 28 do mesmo mês.
Além de manter-se em circulação com o atual repertório, este ano o grupo ainda trabalha na criação dos novos espetáculos que integrarão sua lista de trabalhos a partir de 2012.
Vida longa ao teatro independente!
